Eu preciso extrair o gosto amargo
da boca. A garganta se fecha para o que tem vontade de cuspir, tentando
esconder a feiura do sentimento e poupando o outro de se magoar. Mas enfim,
novos ventos aparecem, deixando-me mais tranquila em relação às escolhas por
mim tomadas. Uma noite de extremo desconforto demonstra o quanto ainda existe
prisão às lamúrias do passado e o quanto há necessidade de esvaziar a mente de
conflitos que não valem a dor da pele.
Sinto a liberdade atingida,
simplesmente por tomar uma decisão, a qual tinha medo em me comprometer. Com o
passar dos dias, a dor vai indo embora, restando apenas o trauma vivido, como
uma lembrança que em breve será esquecida. Em breve, não me lembrarei de seu
gosto amargo, nem das maldades ditas. Em breve, a alegria tomará conta do meu
coração e conseguirei obter maturidade para imaginar que um dia, lá atrás, vivi
algo tão bom quanto nos filmes românticos.
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