quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Mudanças...


Foto por: Day Medeiros








Tudo muda todo dia, o tempo todo. Os dias mudam, mas parecem se repetir. As pessoas mudam, crescem, mas algumas parecem ter aquele mesmo pensamento quadrado e infantil de vinte anos atrás. Eu sempre pensei que o sinônimo de evolução fosse desenvolvimento. Mas são coisas completamente diferentes, descobri mais tarde.
As pessoas evoluem quando aceitam todas as realidades. Já o desenvolvimento é mais casual, depende do meio em que a pessoa vive.
Então, cheguei à conclusão de que a maioria das pessoas que eu conheci, passaram por um processo de desenvolvimento, não de evolução. Eu posso dizer que sou superior e evoluí? Não sei. Mas eu acredito que amadureci – e muito!
Já mudei tantas vezes, já quis ser tanta coisa! Mas no final, adquirir uma personalidade é a tarefa mais difícil para qualquer ser humano racional. Conquistar pessoas pelo seu tênis novo, jeito de se vestir e estilo musical é fácil. Difícil é agir honestamente e as pessoas ainda gostarem de você. Esse é o medo que a maioria dos jovens de hoje em dia enfrentam: o de ser aceito.
Várias vezes eu já vi garotas se beijarem para “causarem” na balada, mesmo sabendo que aquela não é sua realidade. Várias vezes eu já vi pessoas usando drogas para mostrarem pra todo mundo que são os “doidões”, que são fortes àquilo e que adoram aquela sensação momentânea de poder e liberdade; quando no dia seguinte acordarão podres e se arrependendo de tudo o que fizeram na noite passada. Coisa mais escrota que isso não existe.
Mas é tudo questão de tempo.
Eu já passei por bastante coisa pra ter plena consciência disso hoje. Hoje sei separar bem como devo agir em cada situação. Hoje eu já não saio durante três dias seguidos para beber e acordar na segunda-feira implorando por um ENGOV e muitas garrafas de água. E hoje já não mudo tanto as cores do meu cabelo.
A partir de um momento a gente começa a pensar no amanhã. Porque nas noites de baladas sem fim, o presente era mais importante e o pensamento “hedonista” predominava. Coisa de adolescente com crise de rebeldia que quer mais do que tudo atingir aquela liberdade que ele tem certeza que não existirá até sair da barra da saia da mãe. E mesmo sabendo que ainda depende dos pais, faz questão de chutar o balde e se esgoelar até fazer tudo o que quer.
Mas não tem como exigir liberdade sem passar confiança.
A partir do momento que você começa a mudar e enxergar a si mesmo do lado fora, o espanto é grande. Faz com que a cabeça funcione de uma vez por todas como se alguém apontasse o dedo na sua cara te dizendo o que fazer.
Sou péssima para escutar conselhos de outras pessoas, quando eu acho que eu estou certa – e isso acontece na maioria das vezes. Então, quando eu caio, o meu tombo é mil vezes maior, mas eu levanto como se nada tivesse acontecido e continuo a andar.






Porque se eu parar pra pensar nos conselhos que eu deveria ter escutado a vertigem volta.

Um comentário:

Keila A. disse...

linda!

eu te admiro em palavras e em conhecimento :)

beijos, Keila